Os
jovens têm que fazer escolhas.
Escolhas
de cursos a seguir, universidades, amigos, orientação sexual…
Será
que realmente o fazem? Ou... quando dão por isso, já estão num caminho, sem terem
consciência do seu destino…
Os
pais, os professores devem
apresentar-lhes sempre alternativas de experiênciar, conhecer , tentar e
escolher…
Medos,
inseguranças de adultos educadores pressionam os jovens no sentido de escolhas
apressadas e precipitadas, que não são suas.
Excesso
de permissividade também os deixa à deriva numa imensidão de possibilidades,
algumas não realistas, que os conduzem a lado nenhum.
Cultivar
uma relação de confiança, com limites de segurança, na qual o jovem tenha
confiança em si próprio é o ideal.
Como
a cultivar?
Não
há receitas …mas educar com negociação de liberdades em função do
desenvolvimento, é um caminho.
Este
caminho não passa por deixar liberdade total ao jovem para fazer as suas
escolhas, passa por libertá-lo no sentido de que vá tomando decisões em função
da sua maturidade, ou seja, que ele tenha consciência e assuma responsavelmente
as consequências destas decisões.
Fernando
Savater, no seu livro “Ética para Jovens” diz:
“
Primeiro: não somos livres de escolher o que nos acontece” (…) mas somos livres
de responder desta maneira ou daquela ao que nos acontece…”
Significa
que não escolhemos a família em que nascemos, a genética que herdamos, no
entanto podemos escolher como vivemos no interior da família que nos calhou,
tal como usufruímos do nosso corpo conforme as nossas opções.
“Segundo:
sermos livres de tentar alguma coisa nada tem a ver com a sua obtenção
indefectível.”
Podemos
ser muito ativos. Obter os resultados que esperamos, ou não?!
Quanto
maior capacidade de ação nós tivermos, uma probabilidade positiva poderemos ter
de bons resultados, no entanto nem tudo depende da
vontade de cada um, pois no mundo há muitas vontades e necessidades que não se
controlam.
Existem
muitas forças que limitam a nossa liberdade, o que é importante é o adolescente
ter consciência do que limita a sua liberdade, mas também tem uma liberdade de
escolha, na medida em que como ser humano pode inventar e escolher em parte a
sua forma de vida.
Pode
sempre optar pelo que lhe parece bom e conveniente para si próprio, tendo até a
hipótese de se enganar. Ao conhecer-se a si próprio e ao ter consciência das
suas necessidades internas, tem uma maior probabilidade de escolher livremente
em função do seu bem estar individual,
em articulação com o respeito à prosperidade da sociedade em que está inserido.